Fisioterapia em casas de repouso: recuperação e manutenção da mobilidade

O envelhecimento populacional é uma realidade em todo o planeta. No Brasil não é diferente. Dados do IBGE mostram o crescimento da população idosa: em 2000, os idosos representavam 8,7% da população total; em 2023 representam 15,6%.

Com a população envelhecendo, as casas de repouso passam a ter um papel fundamental na promoção de qualidade de vida para idosos. Um dos aspectos essenciais nesse cenário é a fisioterapia, que não apenas auxilia na recuperação da saúde, mas também contribui para a mobilidade e autonomia dos residentes.

Veja neste artigo como a fisioterapia nas casas de repouso pode transformar a experiência de vida dos idosos.

O papel da fisioterapia no envelhecimento saudável

É comum ouvir sobre fisioterapia quando nos machucamos, quando estamos com alguma dificuldade respiratória severa que exige os cuidados de um fisioterapeuta, mas não nos atentamos quanto é importante para os idosos.

Ao envelhecer, o corpo humano naturalmente sofre mudanças fisiológicas, como a perda de massa muscular (sarcopenia), redução da densidade óssea (osteopenia ou osteoporose) e diminuição da flexibilidade e do equilíbrio. Tudo isso aumenta o risco de quedas e comprometem a capacidade funcional dos idosos.

A fisioterapia atua como uma aliada indispensável para retardar esses efeitos. Através de exercícios terapêuticos, técnicas de alongamento, fortalecimento muscular e treinamento de equilíbrio, os fisioterapeutas ajudam a preservar a mobilidade e a autonomia dos residentes de casas de repouso.

Por que é bom ter Fisioterapia em casas de repouso?

A inclusão da fisioterapia em uma casa de convivência para idosos traz uma série de benefícios:

  1. Prevenção de quedas: as quedas são uma das principais causas de internação entre idosos. Com o fortalecimento muscular e o treinamento de equilíbrio, é possível reduzir significativamente esses incidentes.
  2. Recuperação de lesões e cirurgias: muitos idosos em casas de repouso passam por cirurgias ortopédicas, como próteses de quadril ou joelho. A fisioterapia é importantíssima para a recuperação, garantindo que os pacientes retomem suas atividades diárias com segurança.
  3. Manutenção da autonomia: a perda de mobilidade afeta diretamente a independência. Fisioterapeutas trabalham para que os idosos mantenham sua capacidade de realizar tarefas cotidianas, como caminhar, levantar da cama ou subir degraus.
  • Melhora da qualidade de vida: além dos benefícios físicos, a fisioterapia também contribui para o bem-estar emocional e social, pois aumenta a confiança dos idosos em sua própria capacidade.

A continuidade é importante

Idosa fazendo fisioterapia sentada em bola e esticando elástico com as mãos. Fisioterapeuta do lado, segurando a idosa.

A fisioterapia contínua é crucial para idosos em casas de repouso. Diferentemente de uma abordagem pontual, que foca apenas na recuperação após uma lesão ou doença, o acompanhamento regular permite:

  • Identificação precoce de problemas: avaliações frequentes ajudam a detectar sinais de declínio funcional antes que se tornem graves.
  • Adaptação a mudanças: o envelhecimento traz novas demandas ao corpo. O fisioterapeuta pode ajustar os tratamentos às necessidades específicas de cada residente.
  • Resultados a longo prazo: com a continuidade do cuidado, é possível consolidar ganhos de mobilidade e prevenir recaídas.

Como funciona a fisioterapia em casas de repouso?

O atendimento fisioterapêutico em casas de repouso deve ser personalizado e adaptado às condições de cada residente. O processo geralmente inclui:

Atividades complementares

Além das sessões de fisioterapia, algumas atividades podem ser incorporadas para potencializar os resultados:

  • Hidroterapia: exercícios em água reduzem o impacto nas articulações, sendo ideais para idosos com dores ou limitações severas.
  • Yoga ou pilates: essas práticas ajudam a melhorar a flexibilidade, o equilíbrio e a força.
  • Caminhadas assistidas: promovem a circulação sanguínea e estimulam o sistema cardiovascular.

Envolvimento da família

A participação da família no acompanhamento fisioterapêutico é fundamental. Quando os familiares entendem a importância dessas intervenções, se tornam aliados à adesão do idoso ao tratamento. Conversar com os profissionais e acompanhar o progresso do residente pode trazer mais segurança e motivação.

A fisioterapia em casas de convivência vai muito além de uma abordagem reabilitadora. Ela é uma ferramenta indispensável para a promoção da saúde, prevenção de complicações e manutenção da autonomia dos idosos. Investir em cuidados fisioterapêuticos contínuos não apenas melhora a qualidade de vida, mas também reforça o compromisso dessas casas com o bem-estar e dignidade na terceira idade.

Se você tem um familiar em uma casa de convivência, considere discutir com os profissionais do local a inclusão ou a intensificação desses cuidados, se necessário, contrate um profissional de sua confiança para tratar do idoso. A saúde e o bem-estar do idoso agradecem!

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